7.4.10

Mortes Anunciadas

  O que aconteceu hoje no Rio, por causa da chuva, foram mortes anunciadas.
  Todos os anos, nós já sabemos que haverá mortes entre as pessoas que moram em áreas de vulnerabilidade. Já que temos esse dado de realidade, que os governos assumam as responsabilidades pelos investimentos corretos.
É preciso debelar as causas, em vez de esperar que as chuvas comecem para, então, realizar ações emergenciais em cima do leite derramado.
  Há muitos anos temos políticas voltadas para a seca. Elas são precárias, mas existe uma preparação do poder público para atuar diante da situação de estiagem.
  Ainda não temos claro se as mudanças no regime das chuvas são uma consequência das mudanças climáticas, mas as precipitações estão se tornando mais frequentes em termos de volume e duração. Então, como vamos conviver com isso? Como vamos diminuir as causas que potencializam os problemas?
Essas questões tem a ver com planejamento urbano, a questão das galerias, o cuidado para o lixo urbano não obstruir o escoamento de água, o desassoreamento dos rios, a ausência de proteção das matas ciliares.
Isso não pode mais ser tratado como algo esporádico, passou a fazer parte do cotidiano da vida das cidades.
  Todo o processo de edificação, de construção, de planejamento urbano, de sistemas de alerta têm que ser resultado de uma política pública voltada para conviver com esse dado de realidade.
  Agora, a melhor forma de se comprometer com o cidadão, com o seu sofrimento, é buscar um planejamento e uma política pública que nos leve a reduzir os riscos que produzem danos e ceifam vidas. Vamos ter que aprender a nos adaptar a essas situações extremas da natureza.

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